terça-feira, 21 de setembro de 2010

Meus dois olhos numa caixa,
para que você possa ver o que eu vejo.
E olhar para si sem morrer de medo
do mergulho
das penumbras
dos desejos


E doce risco da rima

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Cirrus

Na volta, o silêncio da estrada
O cansaço de estar junto e a necessidade de estar em si, e só
Sempre assim: O momento de nada mais ser dito no retorno de qualquer viagem.
Dentro, alguma coisa quebrou. Também fora
Castelos aéreos na linha do horizonte
There is a light that never goes out
No banco de trás, três sonhos.
No céu, Chagal de nuvem.
Na contramão, rumo ao reino das coisas não ditas
Mas que são.
Rosa dos ventos dos meus afetos, aponta para o tempo.