É engraçado como às vezes eu me deparo com coisas que eu pensava ter esquecido como eram. A felicidade intensa e insana que se pensa ser eterna mas não brilha mais de um minuto e apaga (e junto com ela apaga o sorriso).
Céus! Há quanto tempo eu não ria até ficar com as bochechas doloridas? Há quanto tempo eu não sentia que eu não me perdi de mim e que as coisas ainda são possiveis?!
Há quanto tempo eu não andava em círculos mas sentia cada minuto diferente?
O triste é pensar que um dia isso vai apagar, como já apagou tudo antes. O que queima na mais intensa chama um dia vira cinza, pó. E vem um sopro e carrega tudo, deixando só as marcas do fogo.
Hoje eu me senti assim, correndo atrás de mim como uma criança corre atrás de um balão. E quando eu encarei aqueles dois espelhos irreais eu descobri que eu era o próprio vento que levava o balão.
E como a muito tempo eu senti um pedaço de mim indo embora e voltando e indo embora e voltando e indo embora.
A luz invadiu a casa e se achou capaz de tudo, pois até as mais grossas paredes ela era capaz de penetrar... Mas ela se deparou com os espelhos... E a luz tão forte que era se transformou em fragmentos de cores fracas.
Eu não sou unipotente, nem unipresente. AINDA BEM! Porque todas as manhãs do mundo são sem retorno e essa para mim foi linda por ter sido simples.
mas eis que chega a roda viva e carrega o meu sonho pra lá...
♡♥