quarta-feira, 28 de setembro de 2005

E não esqueça de respirar.

Eu não me basto mais!

Escrever sobre mim já não é o suficiente! Nem para mim, tampouco para outros... Não nasci com o dom da palavra e não acredito que esse exista. Não sei desenvolver ideias, não sei terminar uma prosa, não sei rimar poesias.
Nem mais o humor refinado eu sei usar! Só essa necessidade de ver as letras se organizarem para formar um pedaço de mim, um alívio. Sim,escrevo por necessidade e não gosto.
Quando eu era pequena e ia ao médico ficava com medo de esquecer como respirava toda vez que ele mandava eu respirar fundo. Ficava horas e horas respirando fundo e sentindo medo de esquecer de respirar. Descobri que não dá para esquecer de respira... O corpo não deixa! E agora descobri que não dá para parar de escrever... Mas dessa vez é outra coisa em mim que não permite.

Eu não me basto mais!

Um comentário:

bruno reis disse...

que lindo! vc descreveu muito bem como é a relação de quem tem a NECESSIDADE de escrever. não é vontade de fazer algo bonitinho, nem de algo feio pra chocar, nem de algo que inspire, pra revolucionar, nem que suspire, pra romantizar. agente escreve porque precisa, porque é uma das maneiras que agente tem de não enlouquecer, de tirar umas coisas loucas da cabeça e ´cuspi-las no papel. dom de escrever eu acho que é a vontade de fazer isso, independente de arbitrários conceitos de qualidades. eu escrevo pra me comunicar, eu acho, mesmo que nem eu saiba o que eu queira dizer exatamente. mas eu falo, quem sabe alguém entende, ou talvez eu mesmo depois de muito tempo entenda. ou não entenda nunca, mas se tenta. axo q arte não é algo muito objetivo, mas passa longe de ser algo sem propósito. razão há, mesmo que a razão seja a loucura...(q império das reticências vivemos hj, n? parece q se tem medo das afirmativas. Talvez para n se soar pretencioso. e das exclamações para n parecermos irritante!!! vivemos de sugestões...)