Eu sou ausência.
Com mãos pequenas eu tento segurar todos os
fios de uma teia que se desfaz:
10 dedos, Oito patas devidamente articulados para sobrevivência.
Eu sou ausência.
Dessa ausência teço meus fios: Dos silêncios e Esperas.
Do que assisto em segredo. Do escuro dos cantos. Das pequenas formigas que me alimentam.
Das janelas abertas uma vez por semana.
Dessa ausência teço meus fios: Dos silêncios e Esperas.
Do que assisto em segredo. Do escuro dos cantos. Das pequenas formigas que me alimentam.
Das janelas abertas uma vez por semana.
E me repito: Eu sou ausência.
Há muito não visitam a minha teia. Nem vermes nem borboletas.
Continuo a tecer fios (Dos telefones. Dos trilhos de trem).
Há muito não visitam a minha teia. Nem vermes nem borboletas.
Continuo a tecer fios (Dos telefones. Dos trilhos de trem).
Eu sou ausência.
Logo eu que jamais romperia casulos (Darwin, Mendel e Rousseau também não poderiam)
Me fiz asas e não volto mais.
Logo eu que jamais romperia casulos (Darwin, Mendel e Rousseau também não poderiam)
Me fiz asas e não volto mais.
Eu sou ausência:
O que restam são só teias.
O que restam são só teias.
E ainda assim temem as criaturas.
Temem o que se fez ausente.
Conchas. Casulos. Colméias.Apartamentos.
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O objeto não toca a imagem. Jamais.
Conchas. Casulos. Colméias.Apartamentos.
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O objeto não toca a imagem. Jamais.
3 comentários:
Olha a menina que não toca o céu que não toca a terra! Como é triste e melancólica. Avante, guria, o mundo te aguarda, e te engole por inteira.
li de novo e achei foda, de novo.
Mas só agora eu entendi!!!
E mais: !!!
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