terça-feira, 31 de maio de 2005

Minha vó quis me dar nome bíblico

Era uma vez (ou dua, três, quatro ou quantas vezes ele conseguisse usar esse recurso super clichê de brincar com o 'era uma vez') aquela criatura que causava pena a todos e que atravessava a rua em pleno o sol escaldante de meio-dia. Eu não, eu não sentia pena porque eu como ele também tinha que atravessar a rua no sol escaldante de meio-dia para tomar o ônibus onde as pessoas se amontoam com formigas e estão com tanta fome que nem ligam se tem alguém pisando no pé. Ele se vestia bem, era até arrumadinho, e talvez devesse culpar o uniforme da escola por isso. Causar medo aos outros ele não causava, afinal as criaturas não sabiam realmente o que ele era e apensa sentiam pena da sua solidão. Mas como eu nessa história sou mais importante até do que o tal do personagem, eu vou falar de como eu via ele. :P
Eu via ele com esses dois olhos míopes e como um incomodo gigantesco. E sabia que o uniforme era apenar o escudo da imundicie queele acumulava por dentro. E dái?
Eu sei que ele atravessou a rua e foi-se embora, e como toda história que eu escrevo o errendo não tem final.
A culpa é da minha vó que quis me chamar de Isaac e não de Arthur. Deu na mesma!

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